O Deus que responde

Texto da Wilma Rejane, no atendanarocha.com


Hoje pensei em escrever algo breve, sobre a importância da oração em nossas vidas. Houve um período em que procurei uma fórmula, uma maneira de ser ouvida por Deus de modo que Ele me devolvesse à visão do olho direito. Bem, eu queria isso, e na Bíblia, estava relatado que muitos cegos voltaram a ver, por que não aconteceria comigo? O que eu não sabia, e precisava aprender, era que não existiam fórmulas mágicas e que para cada pessoa Deus tinha um plano. Assim, o que funcionou para o cego Bartimeu, poderia não funcionar comigo.

Deus sempre ouve , mas nem sempre compreendemos as respostas vindas do alto, principalmente quando um silêncio inquietante paira sobre seu “problema”. É eu tinha um problema! E ele parecia ser maior que o mundo! E eu queria resolvê-lo! O que eu não sabia, era que EU precisava diminuir até o pó, para ouvir Deus. A resposta não seria igual à dada ao cego de Betsaida, ou a Bartimeu, mas era o que Deus em Sua eterna sabedoria havia escolhido. Ele tinha a resposta. Não eu. E foi nesse processo de cura interior que li a história do apóstolo Paulo. Que tremenda Palavra! Ela foi como o fogo a queimar em meu peito.

“E para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás para me esbofetear a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, Ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa nas fraquezas, para que sobre mim, repouse o poder de Cristo.” II Cor 12:7-10.

Assim, pude enfim descansar. Paulo, o apóstolo, tinha orado três vezes! O que Deus respondeu não foi o que ele queria, mas precisava! Nunca mais orei para ter a visão de volta, a oração que saiu de meus lábios após ser tocada profundamente pela experiência de Paulo foi :“Senhor, se não vais me restituir a visão, daí-me força para suportar esse espinho, e que a Tua graça seja meu tudo, e a Tua vontade o centro de minha vida, amém.”

Uma paz indescritível invadiu minha alma, desde então, não sofri mais pelo “espinho”. Compreendi que nem todo cego voltará a ver, nem todo paralitico voltará a andar, mas que Deus sempre ouve e responde orações e Sua vontade é o que de melhor há, a restituição virá e será abundante em muitas áreas de sua vida. Porque a felicidade, não está em realizar o que queremos, mas no que Deus planejou para nós.

Aprendo que ansiedade e o sofrimento vêm sobre nós, quando queremos o que não temos e o que temos não nos satisfaz. Quando somos imediatistas e nos espelhamos no humano. Deus tem todo poder para transformar sua “derrota” no principal motivo de sua vitória! Ele faz de fracos fortes, do monturo, ergue o necessitado. Paulo, sem o espinho, não teria sido Paulo, mas Saulo: o infeliz perseguidor de cristãos. Não estou a dizer que todos nós temos que sofrer, mas que os motivos de suas lágrimas de hoje, podem ser o de seu largo riso amanhã. Não foi assim com José do Egito? Rainha Esther? Jacó? Moisés? A lista é bem grande, mas a lição é a mesma: Deus não desampara jamais, os que Nele confiam e Sua principal obra é a transformação do homem para Salvação.


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