O “santo sudário” ou “sudário de Turim” é um pedaço de pano que supostamente foi usado para envolver o corpo de Cristo após a sua crucificação. Para muitos as inscrições do desenho do corpo de um homem foram impressas sobrenaturalmente, para outros é apenas uma falsificação bem feita.
Muitos católicos o veneram como uma autêntica relíquia desde que foi assim reconhecido pelo Papa Pio 12, em 1958, mas está longe de ser uma unanimidade entre os estudiosos.
Depois de vários anos consultando fontes históricas, desvendando as evidências científicas e analisando o texto dos Evangelhos, o historiador da arte Thomas de Wesselow diz que chegou a uma conclusão bombástica. Segundo ele, o Sudário é real e fez contato com corpo de Cristo e seria capaz de mostrar muito sobre a origem do cristianismo.
Mas seu argumento principal é polêmico e “destruiria” a crença central do Cristianismo: que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos.
O acadêmico que ensina na Universidade de Cambridge insiste que a imagem impressa no pano enganou os Apóstolos, fazendo-os crer que Cristo tinha voltado à vida, mas a ressurreição seria, na verdade, uma ilusão de ótica.
Sua teoria é que na mente de uma pessoa que viveu 2 mil anos atrás, a imagem no Sudário teria sido algo muito além de suas experiências normais e verdadeiramente inquietante. “Eles viram a imagem no pano como uma nova vida para Jesus”, argumenta.
“Naquela época, as imagens tinham uma forte influência psicológica, e eram vistas como parte de um plano distinto da existência, algo que tinha vida própria. Pense em toda a experiência dos apóstolos… Foram para o túmulo três dias após a crucificação, à meia-luz, e vendo que a imagem que surgia no pano usado para o enterro”, afirma o estudioso de 40 anos de idade.
De Wesselow, que se denomina um “sudarista” diz que é intrigado por este mistério desde a infância. Passou oito anos trabalhando no seu livro “O Sinal – O Santo Sudário e o Segredo da Ressurreição”, lançado em português.
O novo livro de Wesselow afirma que ele acredita que o Sudário foi saqueado por cavaleiros franceses e os cruzados na invasão de Constantinopla, em 1204. Está convencido que as análises modernas comprovam que o Sudário é genuíno. Partículas de pólen retiradas das fibras do tecido indicam que ele veio de Israel e a costura usada na tecelagem do linho é idêntica à encontrada em panos do primeiro século na Judéia.
Além disso, as marcas das feridas são compostas de sangue real, e um teste revelou que o tecido tem mais de 1300 anos.
Ele afirma que, em sua versão da Ressurreição, fica claro o que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Coríntios 15:50 não se refere a uma ressurreição corporal e literal “carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus”.
Traduzido e adaptado de Daily Mail e Examiner, via Gospel Prime.
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