Pago as dívidas ou dizimo?


Uma abordagem sobre a experiência de ser fiel no pouco e no muito.

As dificuldades financeiras nos lares brasileiros são tão comuns em um país com tantas desigualdades sociais que muitas vezes no fim do mês não dá nem para pagar todas as contas e o sustento para os filhos, quanto mais para devolver ao Senhor, como gratidão, os dízimos. Vários são os motivos do endividamento. Em muitos casos, é pelo desconhecimento da boa administração financeira pessoal e familiar, outros para manter um status social que não faz parte da realidade, mas na maior parte das vezes é por que o abismo entre mais favorecidos e menos providos é imenso. Uma distância que parece inatingível. Vamos pensar na família para relacionar com esse assunto, pai e mãe, por exemplo: se tiverem filhos únicos, buscam suprir com o máximo da capacidade todas as necessidades do unigênito. No caso de pais de dois, três, quatro filhos e assim por diante, tentam no limite de suas forças possibilitar a todos o mesmo cuidado, a mesma qualidade dos serviços. Mesmo que em alguns momentos se sintam frustrados por não conseguirem, devido à realidade financeira, nenhum pai ou mãe proporciona a um filho mais do que ao outro. Muito pelo contrário. Os pais, normalmente, quando percebem que um está sendo prejudicado ou menos favorecido em detrimento do outro logo passa a buscar suprir aquela carência.

Os pais dedicam mais atenção ao filho doente, ao filho carente, ao filho com fome, ao filho com medo, naquele exato momento em que seu descendente passa por aquela situação. Os pais oram, jejuam, choram, clamam, trabalham, amam, cuidam, se esforçam além de suas capacidades para suprir aquele cuja necessidade é maior. Mas, pais não têm filhos favoritos. Custei a entender isso no meu núcleo familiar, até que percebi que toda atenção era dividida comigo e minhas irmãs. Isso só mudava quando… Quando uma carência por mais consolo, força, apoio, amor e quem sabe até de um bem material em algum momento da vida aparecia. É assim até hoje. Se acontece assim com nossos pais, imagina com nosso Pai Eterno, nosso Deus, nosso Provedor? Ele também é assim. Ele é Pai e os pais não têm filhos prediletos. Ele ama, consola, exorta a todos os filhos que se achegam a Ele. Os ricos, os pobres, os endividados, os sofredores, os afortunados, Deus ama a todos. Por que estou falando sobre isso? Porque as vezes você pode estar vivendo um momento na sua história muito difícil em que ou paga as dívidas ou dizima. Literalmente está “vendendo o almoço para comprar a janta” e possivelmente os mais carentes são os seus próprios filhos neste contexto. Falar sobre Dízimos e Ofertas quando está tudo bem, quando ganho bem, quando nada me falta, quando não tenho que suprir minha família é mais fácil – ou não, porque ás vezes o problema passa a ser o fato de “se ganho muito, dizimo muito”, mas esse é um outro artigo. Mas, como sempre digo, a matemática do Senhor é diferente. Ele conhece a nossa motivação, o nosso esforço, as nossas súplicas, as nossas necessidades e inclusive a nossa disposição de dizimar – se tivesse o bastante.

Quero encorajá-lo a fazer o que a Bíblia diz em Filipenses 4.6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” Coloque toda a sua causa,a sua necessidade e problemas financeiros diante de Deus. Ele é o seu Pai e o seu Provedor, só Ele pode lhe instruir o caminho, indicar a direção que com sabedoria, que Ele mesmo lhe dará, deve seguir. Enquanto passa por esse deserto, por essa escassez, profetize a abastança, ministre a bênção, declare a Palavra e agradeça pela transformação que o Senhor fará na sua história. Coloque também no coração do Senhor a sua disposição e motivação de ser um dizimista fiel no pouco e no muito. Matheus 25.21 diz: “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” Creia nessa Palavra. 

Texto da Thalita Daher


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