Cadê o final feliz?




O fato de ouvirmos sempre a respeito de um evangelho da prosperidade e das bênçãos sem medida, nos causa estranhamento quando vem o dia mal. É como se não fizesse parte do script passar por dias ruins. Acabamos por ficar sem respostas para os sentimentos de desânimo, tristeza e decepção. Isso porque ouvimos falar que seríamos os melhores, e não faz parte da vida de um vencedor, perder, não é verdade?

Se as coisas não estão indo tão bem, não quer dizer que o Rei dos reis virou o rosto para você ou que você está sendo amaldiçoado. Talvez apenas esteja sendo moldado para ser melhor. A lógica de Deus não é a estabelecida nesta sociedade. Para Jesus o primeiro é aquele que se coloca por último e o grande é o que serve. Para Ele, perder é ganhar e sofrer por amor a Cristo é ser bem aventurado.

Quando Jesus subiu ao monte das Oliveiras, a Bíblia nos ensina que seu coração se perturbou. Um mundo para salvar, caminhos dolorosos para percorrer e sem nenhum discípulo com quem contar. Ele se entristeceu, mas Deus ainda era com ele. Jesus ainda era o Filho amado e querido, mas a etapa da crucificação tinha que ser passada. Não havia outra pessoa que poderia salvar o mundo.

Não tenha medo dos dias maus ou das dificuldades, com Ele você vence qualquer problema. Tenha medo de não estar na presença dele, de não ouvi-lo mais falar com você, de não sentir sua doce presença durante o dia. Na fraqueza é que nos fortalecemos. O povo do Egito precisava ser tratado no deserto, mas eles não queriam ser transformados, o que eles desejavam eram a cebola e a carne que deixaram para trás.

Deixe Deus moldá-lo, mudar as coisas que existem de errado dentro de você. Talvez você seja uma pessoa maledicente, e esteja reclamando de tudo a sua volta e a única coisa que Deus deseja é ensiná-lo a ser grato. Provavelmente não seja de um final feliz que você precise, mas de um coração disposto a ser corrigido, porque Ele ainda o ama.

“Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho”. (Hebreus 12.6)

Texto da Érica Fernandes


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