E o diabo se encheu de coragem...

E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome. 
Lucas 4:1-2 
Então Satanás encheu-se de coragem e resolveu tentar a Jesus. Mas como ele pôde fazer isso? Como cogitou a possibilidade de vencer o próprio Filho de Deus? Satanás nunca foi ingênuo. Ele sabia muito bem que jamais derrotaria Deus em“circunstâncias normais”. Mas ali no deserto algo encheu seu negro coração de expectativas. Lá estava Jesus Cristo, o próprio Deus feito carne. E tentar a carne sempre foi sua grande especialidade.

Como homem Cristo era limitado pelo tempo e pelo espaço. Sentia os roncos de um estômago vazio, sofria cansaços físicos e emocionais, transpirava suor no calor do deserto. Para o diabo, enfrentar Deus nessas condições era muito mais interessante do que encará-lo em poder e glória nos céus. E foi assim que a encarnação de Cristo ateou fogo à ousadia do mal.

Ao tentar Jesus, Satanás apostou suas fichas nas fragilidades da matéria física. E assim, cada maliciosa sugestão direcionada ao Filho de Deus era um violento ataque contra a humanidade do Deus feito homem. Foi uma luta feroz. Enquanto tentava a Cristo, satanás balbuciava excitado em seu diabólico coração: “Contra Deus eu não tenho chances, mas contra o homem que habita nele… ah, quem sabe?”

O final dessa história é um refrigério para as nossas almas. Depois de usar todo um repertório de artifícios do mal, o diabo é vencido pelo Filho de Deus. Mas não o Filho de Deus espírito, que está sentado ao lado do Pai em poder e glória. Mas o Filho de Deus homem, encarnado, o Cristo que como eu e você também sente fome, padece anseios psicológicos e sente as ondas da própria humanidade tentando afogá-lo. O Cristo que nos ensina que é possível sim vencer as tentações sendo apenas homens e mulheres tementes a Deus. ( Tiago 4: 7 )

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