Como é morrer?


Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. (Jo 14.2.)

Um menino de seis anos, que era a alegria da família, adoecera mortalmente.
Os médicos não deram aos pais nenhuma esperança, apenas uma previsão de quanto tempo ainda poderia viver a criança. Orações carregadas de fé e de plena confiança na vontade soberana do Senhor subiam ao trono da graça.

Então o pequenino perguntou à mãe:

– Mamãe, como é morrer? Dói?

Era uma situação difícil para quem trazia o coração apertado. Ela precisava reter as lágrimas aprisionadas que estavam prontas para rolar de seus olhos. Num relance de oração, pedindo a Deus sabedoria para responder ao filho, abraçou o pequeno e, carinhosamente, lhe disse:

– Filhinho, lembra-se de quando, às vezes, na igreja, você dormia no meu colo? E, ao acordar, onde você estava?

– Em minha cama, no meu quarto, respondeu o pequeno.

– Isso mesmo; você dormia na igreja e acordava em casa. O papai o carregava em seus braços fortes e o colocava na cama. E você nem via, pois estava dormindo. Morrer para o crente também é assim. A gente fecha os olhos aqui na terra, e o Papai do céu nos leva em seus braços fortes para a nossa verdadeira casa, nos céus.

Sabemos que a coisa mais certa da vida é a morte, e a mais incerta, o dia da morte. Muitas pessoas não gostam de falar desse assunto, mas é de suma importância estarmos preparados para a Eternidade. A morte não significa aniquilamento, mas separação. É dar um “Até breve” para os irmãos que ficam, e ouvir o soar das palavras do Mestre: Vinde, benditos de meu Pai.

Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (Mt 25.34).


@ElieLFerreira

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