As Declarações da Carol Celico

Alguns avisos antes que você comece a ler: não faço parte da Igreja Renascer em Cristo, não concordo com tudo que a Bispa e o Apostolo pregam por aí; faço parte de uma denominação com seus próprios defeitos e congrego numa igreja altamente imperfeita. Não tenho nada a ver com a vida do Kaká, muito menos com a vida de sua esposa. Passei a admirá-los bastante após a saída da Renascer pela coragem, pois eu sei o quanto pode ser difícil se desligar de uma denominação e igreja que a gente aprendeu a amar. Esse post é de total opnião e responsabilidade minha, haja vista que esse é uma espaço democrático onde podemos expressar o que pensamos. Uma vez que TUDO isso fique claro, tenho algumas palavras sobre as últimas declarações que li da Carol Celico.


Semana passada li sobre algumas das últimas declarações da Carol Celico e algo me chamou muito a atenção: a aparente alegria de não fazer parte de nenhuma denominação, e a forma como ela fala da sua (agora) antiga igreja.

No ano passado, quando Carol escreveu no Twitter “como é bom não pertencer a nenhuma denominação”, especulou-se que o casal estava descontente com Estevam Hernandes, fundador da igreja, por causa da má administração e denúncias desvio do dízimo. Fonte

"Fui entendendo Deus de uma forma diferente. Vi que algumas coisas em que eu acreditava, ou fui levada a acreditar, não estavam na Bíblia". Fonte

Reconheço que não é difícil para (muitos) pastores influenciar os fiéis a quaisquer coisa que queiram. Vejo que a medida que a Carol Celico foi aprendendo a Bíblia (pouco antes de se desligar da igreja ela tinha sido consagrada presbítera) a sua visão do evangelho foi ficando muito mais abrangente. E quanto mais a gente conhece um livro, mais nós o compreendemos.

Carol (como gosta de ser chamada) e Kaká se desligaram da Igreja Renascer ao final de 2010. Ela disse em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha desta sexta-feira (15), que não pretende seguir nenhuma religião. “Por enquanto não sinto falta dos rituais”, afirmou. “Mas não posso dizer nunca mais.” Fonte

Rituais (de acordo com a Wikipedia) é um conjunto de gestos, palavras e formalidades que geralmente têm um valor simbólico. Também não gosto de rituais. Também não sinto falta deles. Mas daí não congregar em lugar nenhum? Penso ser algo bem diferente. Confesso que tem muito a ver com a forma que fui educada. Com o costume e a cultura. Mas não deixo de lembrar de Atos dos Apóstolos, a igreja primitiva e suas reuniões sempre tão avivadas. Acho importante para nossa vida cristã ter um lugar para onde ir, ter líderes em quem confiamos, pessoas com quem podemos contar, e que ao sairmos deste lugar nos sintamos aliviados. Infelizmente algumas igrejas não nos dão isso, reconheço! A gente sai mais aflito do que quando entra. Mas dai a não fazer parte de nenhuma? Bom, isso não é pra mim... pode ser pra você.

Em seu CD, Carol quer passar uma mensagem cristã, mas sem ligação com nenhuma instituição. Ela e o marido já não fazem mais parte da Renascer. “Jesus não veio para trazer religião e nem veio para fazer todo mundo se congregar em um lugar. Ele veio para formar uma igreja. Uma igreja formada por todo mundo, independente do lugar”. Fonte

Concordo! Mas continuo pensando da mesma forma que já escrevi acima... Lembro-me que quando começaram algumas especulações sobre a carreira do Régis Danese ele disse uma coisa que eu guardei: Eu tenho igreja, tenho pastor, sou servo de Deus! E a Carol Celico? Poderá dizer o mesmo?

Esta Carol, que casou virgem aos 18 anos, hoje é capaz de dizer: “Eu acreditei que casar virgem iria trazer felicidade ao meu casamento. Mas Deus conhece o coração da gente. Se não tivesse acontecido da forma que aconteceu, eu iria ser feliz do mesmo jeito. Porque era aquilo que Deus tinha para mim. As coisas não dependem do ato em si. Dependem do coração”. Fonte

Eu mudo de opinião, você muda de opinião, nós mudamos de opinião. Sabemos o quanto essa 'nossa nova maneira de pensar e agir' pode influenciar a nossa vida. Essa é um das afirmações que - na minha opinião - a Carol Celico não precisava ter dito. Entendam! Eu concordo com ela. Não acho que qualquer tipo de abstinência pode nos trazer felicidade. Seja de comida, de bebida, de sexo, etc. Isso não é garantia de futuro feliz em nenhuma área de nossas vidas. Cada um sabe até onde pode se sacrificar e até quanto esse sacrifício pode ser bom (ou ruim). Não estou falando de virgindade, de espera, etc. Quero focar na mudança de opinião dela. E da divulgação disso. Que é a coisa com a qual realmente não concordo.
Hoje vejo uma Carol Celico que, se antes era tão reservada, tem se exposto sem muita sabedoria. É preciso ter muito cuidado com o que falamos, pregamos e contestamos.

Como disse desde o principio dessa postagem: isso é uma visão minha. Uma contestação minha. E não sou dona da verdade. Sinta-se livre para comentar o que quiser abaixo. Pois, acredito que, esse é um espaço democrático.

Em Cristo,
Marcela

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