"Nos mínimos detalhes"


Por Abner Arrais que publicou esse texto no Território 7

Estou em uma fase na qual a maioria das pessoas da mesma idade faz as coisas por impulso e nem sempre (quase nunca) pensam muito sobre como tal atitude ou palavras podem repercutir no futuro. Na verdade, ouso falar que isso não é apenas uma atitude típica na adolescência, pois também a vejo em várias pessoas adultas.
Se você chegou a esse blog, duas coisas podem ter trazido você aqui: zumbis ou o fato de você ter entregado sua vida a Cristo e busca conhecê-lo mais e a vontade dele para as nossas vidas. Muitos de nós não entendemos muito bem o que significa entregar a vida a Cristo, limitamos essa entrega a repetição de uma oração em um culto em uma igreja, na qual levantamos as nossas mãos e fomos à frente. E então, passamos a freqüentar uma igreja aos fins de semana. Se acha que só o fato de estar freqüentando um templo significa ter entregado a vida para Cristo, está enganado. Entregar-se a Cristo significa viver para Ele. “E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20).
Quando entrego minha vida para Cristo, deixo de viver para mim, mas vivo exclusivamente para Ele. Freqüentemente, pensamos que viver exclusivamente para ele é deixar nosso emprego e virar pastor. Pode ser que para algumas pessoas seja isso, mas Deus não dá a mesma função a todos. Viver para Cristo também não é ser ativo apenas dentro da igreja, mas também fora dela!
Se eu entrego minha vida a Cristo, não significa que devo deixar de trabalhar, mas o trabalho deixa de ser para motivos terrenos e passa a ter um valor eterno. Eu não preciso deixar a minha vida “secular”, mas passo a viver de forma que tudo que eu fizer me aproxime do cumprimento do propósito de Deus para minha vida.
Como cristãos, nosso dever é reproduzir Cristo em seu caráter e missão. Devemos anunciar o Reino de Deus para as pessoas. Não com um discurso religioso, mas com a nossa vida. Tudo que fazemos tem valor eterno. Tudo passará, mas as nossas ações terão um valor eternal. Qual tem sido o valor das nossas ações?
A forma como lidamos com situações, sejam elas boas ou ruins, devem reproduzir o amor de Deus. Nossas ações mínimas têm valores maiores do que pensamos. Desde ações simples como escovar os dentes a uma profunda conversa sobre a existência da vida. Tudo isso tem valor eterno. Seja ele bom ou ruim. Mas quando entregamos nossa vida a Cristo, devemos deixar de fazer as coisas para nós mesmos e fazer tudo de tal forma que o valor eterno nos aproxime de Cristo. Não é o que fazemos dentro do prédio que chamamos de igreja que diz se nós entregamos a vida para Cristo ou não, mas o que fazemos fora dele.
Existem pessoas especializadas em descobrir a personalidade das pessoas através de simples atitudes e reações dos observados. Se essas pessoas nos observassem, o que diriam de nós? Será que quando as pessoas olham para nós, vêem a imagem e semelhança do Mestre?
Somos corpo Dele! Um membro não pode fazer algo que não seja para o funcionamento do corpo. Se fizer algo assim, todo o corpo está doente. E se estiver enfermo, precisa ser cuidado.
Se entregamos nossa vida a Cristo, ou pelo menos dizemos que o fizemos, vivamos por Ele. Vivamos de modo que nossas mínimas ações transmitam o amor do Senhor. Não importa onde estejamos: no trabalho, faculdade, escola, igreja, rua, ônibus… Não faça daquela oração que você fez no dia da sua conversão uma simples entrada para um clube de fim de semana. Faça daquela oração sua entrada no Reino de Deus e viva para este Reino: a eternidade.

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Grifos meus.
Em Cristo,
Marcela

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