Então as equipes treinaram arduamente e estavam em sua melhor forma no dia da corrida. No entanto, os japoneses venceram com mais de 1km de vantagem.
Após a grande derrota a equipe brasileira ficou muito desanimada e chegou a pensar em desistir, mas o diretor geral da empresa brasileira decidiu que venceriam no próximo ano e, para tal, criou um grupo de trabalho para examinar o que houve de errado na corrida.
Depois de muito tempo de estudos, análises e relatórios, o grupo que examinava os fatos da corrida concluiu que a equipe japonesa possuía em seu barco um capitão e sete remadores, enquanto a equipe brasileira possuía sete capitães e um único remador. O diretor geral tomou uma decisão e contratou uma terceira empresa para analisar a estrutura de sua equipe.
Depois de longos meses de trabalho os especialistas contratados concluíram que a equipe possuía capitães de mais e remadores de menos, e informou isso ao diretor geral. Este, por sua vez, decidiu então que a estrutura da equipe deveria ser alterada imediatamente.
A estrutura da equipe foi então reformulada e ao invés de sete capitães, teria agora apenas 4 capitães, dois supervisores de capitães, um chefe de supervisores e um remador. Mas agora o remador teria atenção especial, toda a equipe funcionaria a seu favor, o remador deveria ser melhor qualificado, ter mais treinamento, ser constantemente motivado e principalmente ser conscientizado de sua responsabilidade.
Chegou o próximo ano e ao final da corrida a equipe japonesa venceu mais uma vez, porém com mais de 2km de vantagem, o dobro da vantagem do primeiro ano de corrida.
O diretor geral em conjunto com toda a diretoria da empresa brasileira decidiu que o remador deveria ser demitido pelo seu péssimo desempenho na corrida. E decidiram também, que para não desmotivar o resto da equipe todos seriam recompensados com um prêmio por sua enorme dedicação e motivação que tentaram, sem sucesso, incutir na equipe.
O diretor geral preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que: A melhor tática havia sido escolhida, a equipe estava bem organizada e que havia motivação suficiente, mas que o material utilizado ainda deveria ser melhorado e, por último, que um remador mais qualificado e empenhado deveria ser contratado.
Hoje a empresa está cogitando a idéia de trocar ou construir uma nova e mais moderna canoa.
Fim da história!
Apesar de parecer engraçado, esse cenário é, na verdade, trágico quando acontece na vida real. Não é difícil encontrarmos situações como essa em nosso dia-a-dia. Como costumamos dizer, essa é uma situação onde temos "muitos caciques para poucos índios."
Muitas boas conclusões podem ser tiradas dessa história: os muitos caciques para os poucos índios, inabilidade para detectar a causa raiz de um problema, agir onde não está a causa do problema, superestimar os problemas (vide o grupo para analisar a corrida e em seguida os consultores especialistas) e principalmente, foco no processo e não nas pessoas.
Abraços e um excelente fim de semana a todos.
"foco no processo e não nas pessoas"
ResponderExcluirNossa! Esse texto pode retratar várias áreas da vida. Mas, particularmente, lembrei da eclesiástica, e do ditado adaptado: "há muitos pastores, para poucas ovelhas"
Belo texto Eliel.
Paz
"há muitos pastores, para poucas ovelhas"
ResponderExcluirAssino em baixo!
Bj bonita
Caramba!Gostei muuuito!
ResponderExcluirÉ verdade. Sabe o q isso me lembra?!
Falta de humildade. Como o ego do ser humano
muitas vezes o impede de identificar a causa real do problema e muitas vezes de traçar estratégias mais eficazes para resolvê-lo.
Por isso somos servos que só temos um Senhor. JESUS! Não podemos esquecer! :D